Faz frio, minhas mãos estão geladas, meu corpo enrolado nos cobertores...
... Nem sei em que pensar, já fiz de tudo um pouco, menos o que tinha que fazer (Procrastinação).
Já li a literatura narcótica, já escrevi metas para 06 meses, passei o dia na net.
Nem eu sei como eu consigo!!! URGH!!
Apagada, Depressiva, Chateada ... Não sei o que me deixou assim, mas venho lutando alguns dias com isso e hoje não resisti ...
... Me dei ao luxo de sair de casa apenas para comer e ir ao mercado.
Não cozinhei, não lavei a louça, não tirei a roupa lavada da máquina (Desleixo).
Rezei pela manhã, mas não tive a mesma coragem a noite (Preguiça).
Há algum tempo não sentia o vazio bater á ponto de me prostrar, é estranho, é esquisito. Não há uma exata razão, não há um exato porque, parece que é um acumulo de coisas que dizem para eu fazer apenas o mínimo da minha vontade, para que eu não gere muito esforço.
Mas salivar de fome, com vontade de comer a comida crua em cima da mesa ... Dói!
Ela só está ali crua, porque não houve boa vontade em cozê-la.
Insanidade Nua e Crua!!!
Eu ainda quero que o outro supra minhas necessidades, preencha o meu vazio, cumpra com as minhas responsabilidades.
O confortante é saber que são só momentos, que eles não perduram pela vida toda ... Os momentos sim, eles voltam, mas não é uma volta consecutiva, dia após dia, hora após hora.
São momentos, que melhor se forem ruins, pior se forem bons, porque eu gosto é do prazer e eu cresço é na dor.
Pois é, eu não gosto de coisa boa, eu gosto é do prazer que ela me traz!!
Por isso os momentos ruins se tornam bons, pelo crescimento, pela minha falta de capacidade de aprender pelo amor.
Momento chato e normal ... O expurgo da lama, do lodo da minha vida, o confronto com as realidades que me aborrecem, escondidas, camufladas dentro do meu ser, embaixo do marrom, do verde musgo e que fedem as minhas emoções.
Aquela Maldita mulher que me aparece em sonhos, que me fez e me faz tanto mal.
O ciclo compulsivo e obsessivo que me afeta, a punheta mental que eu não paro de bater.
A raiva, o ressentimento ... Não sei porque, não sei pra quem.
A cabeça gira, grita, pira ... As contas meio pagas, o trabalho que eu não sei lidar, a vida que eu não queria ter.
A maturidade forçada, alojada, importada ... Sería muito mais fácil doar os móveis, fazer as malas, fechar a casa e ir embora.
Deixar para trás os alicerces, as raízes, os vínculos ... Como dormir e acordar de um sonho.
Eu, a pedra, o mar, o por do sol ... É assim que me sinto!
A velha cena do comercial, a intenção de iludir, com o objetivo alcançado... Afinal se olha para o horizonte em direção ao mar e não se vê absolutamente Nada.
É isso ...
Olhar para Frente e Não Ver Nada!!!