sábado, 17 de julho de 2010

... Rebordosa de Rivotril ...

Madrugada....





Faz frio, minhas mãos estão geladas, meu corpo enrolado nos cobertores...




... Nem sei em que pensar, já fiz de tudo um pouco, menos o que tinha que fazer (Procrastinação).






Já li a literatura narcótica, já escrevi metas para 06 meses, passei o dia na net.






Nem eu sei como eu consigo!!! URGH!!




Apagada, Depressiva, Chateada ... Não sei o que me deixou assim, mas venho lutando alguns dias com isso e hoje não resisti ...






... Me dei ao luxo de sair de casa apenas para comer e ir ao mercado.






Não cozinhei, não lavei a louça, não tirei a roupa lavada da máquina (Desleixo).






Rezei pela manhã, mas não tive a mesma coragem a noite (Preguiça).






Há algum tempo não sentia o vazio bater á ponto de me prostrar, é estranho, é esquisito. Não há uma exata razão, não há um exato porque, parece que é um acumulo de coisas que dizem para eu fazer apenas o mínimo da minha vontade, para que eu não gere muito esforço.






Mas salivar de fome, com vontade de comer a comida crua em cima da mesa ... Dói!






Ela só está ali crua, porque não houve boa vontade em cozê-la.






Insanidade Nua e Crua!!!






Eu ainda quero que o outro supra minhas necessidades, preencha o meu vazio, cumpra com as minhas responsabilidades.






O confortante é saber que são só momentos, que eles não perduram pela vida toda ... Os momentos sim, eles voltam, mas não é uma volta consecutiva, dia após dia, hora após hora.






São momentos, que melhor se forem ruins, pior se forem bons, porque eu gosto é do prazer e eu cresço é na dor.




Pois é, eu não gosto de coisa boa, eu gosto é do prazer que ela me traz!!






Por isso os momentos ruins se tornam bons, pelo crescimento, pela minha falta de capacidade de aprender pelo amor.






Momento chato e normal ... O expurgo da lama, do lodo da minha vida, o confronto com as realidades que me aborrecem, escondidas, camufladas dentro do meu ser, embaixo do marrom, do verde musgo e que fedem as minhas emoções.






Aquela Maldita mulher que me aparece em sonhos, que me fez e me faz tanto mal.






O ciclo compulsivo e obsessivo que me afeta, a punheta mental que eu não paro de bater.






A raiva, o ressentimento ... Não sei porque, não sei pra quem.






A cabeça gira, grita, pira ... As contas meio pagas, o trabalho que eu não sei lidar, a vida que eu não queria ter.






A maturidade forçada, alojada, importada ... Sería muito mais fácil doar os móveis, fazer as malas, fechar a casa e ir embora.






Deixar para trás os alicerces, as raízes, os vínculos ... Como dormir e acordar de um sonho.






Eu, a pedra, o mar, o por do sol ... É assim que me sinto!






A velha cena do comercial, a intenção de iludir, com o objetivo alcançado... Afinal se olha para o horizonte em direção ao mar e não se vê absolutamente Nada.






É isso ...






Olhar para Frente e Não Ver Nada!!!